Foi dos primeiros edifícios religiosos a ser construído dentro do perímetro do castelo de Montemor, após a sua reconquista aos Mouros, havendo referências a esta igreja, por parte do Bispo D. Soeiro II, em 1206.
Era um edifício grandioso, de dimensões invulgares, com uma abóbada apoiada em 14 colunas de pedra, três naves, chão em lajes de pedra.
Era um templo muito rico, com as paredes cobertas de frescos, um valioso espólio religioso, e nele se encontrava, junto da entrada principal, a pia baptismal onde, em 1485, foi baptizado S. João de Deus.
O edifício beneficiou de três profundas remodelações, em épocas diferentes, mas foi particularmente arruinado, pelo terramoto de 1755.
O mau estado do edifício, e o progressivo afastamento da população para fora das muralhas do castelo, ditaram a mudança da sede da freguesia para a Igreja de S. João de Deus (actual Matriz), que herdou todo o património religioso e artístico do velho templo, incluindo a pia baptismal.
Com a desactivação do templo, a degradação do espaço foi aumentando, tendo chegado (como foi uso corrente na época) a serem retiradas muitas pedras das paredes para servirem para as novas construções foras das muralhas.
Hoje encontra-se com o pavimento interior cheio de mato, e das paredes já muito pouco resta para além do pórtico da entrada principal, a zona do altar-mor, e da sacristia, tendo o telhado desaparecido completamente.
Classificada de Monumento Nacional, merecia maior atenção!
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1 comentário:
ola caro Jose
e muito verdade !!
cada anos, este monumento fica pior !!
e pena ..
um abraço
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