Foi há perto de 130 anos, mais propriamente a 6 de Agosto de 1882, que, por obra de António Pedro Sameiro, Montemor viu inaugurada a sua Praça de Touros.
As gentes da terra, que, ao que parece, sempre apreciaram este tipo de espectáculo, viram assim nascer um local próprio para substituir a Praça do corro (hoje Praça Miguel Bombarda), que desde o sec. XV servia de palco à festa dos touros.
Fizeram parte do primeiro cartaz os cavaleiros José Bento de Araújo e D. Luís do Rego, e os bandarilheiros Roberto da Fonseca, Vicente Roberto, João Roberto, e António Augusto; os touros foram da ganadaria de António José da Veiga Frade, e a parte musical esteve a cargo da Banda da Sociedade Pedrista e da Banda de Arraiolos.
Até Julho de 1954 a Praça de Touros funcionou também como local de projecção de filmes.
Desde 2002 a Praça está a cargo da empresa “Montemor é Praça cheia”, constituída por antigos forcados do grupo Amadores de Montemor, que procedeu a importantes obras de remodelação e restauro do espaço, restituindo-lhe a dignidade , e permitindo-lhe que continuasse a ter as condições exigidas para a realização de espectáculos
Está agora prevista a reordenação do espaço junto da Praça de Touros, o que, a avaliar pelo projecto conhecido, irá beneficiar o edifício e a zona..
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Da Praça não falo, não sou adepta de touradas... Mas o espaço envolvente bem merece os arranjos, que já vêm tarde. Não se justifica o ar de abandono a que o Rossio foi votado, ainda que se tenham referido,se não me engano, a questões como a propriedade dos terrenos.Enfim...há que demorar ano e anos antes que surja a obra!
Nunca gostei de touradas, sou mesmo contra este tipo de espectáculos, mas entendo que os edifícios se já existem, devem ser preservados, bem como todo o espaço envolvente.
Bem, mas estou aqui para apreciar o teu trabalho nesta mensagem e acho que está excelente!!!
Beijinhos grandes,
Ana Paula
Em Setembro de 2007 estive nesta praça, mas não tenciono voltar lá nos próximos anos. Precisa de obras no exterior e no seu interior também, ou de uma gestão diferente. Devem ter vendido os bilhetes que tinham e inventaram mais alguns para compensar a época baixa, porque era impossível deslocar-se, mover-se, esticar-se ou até respirar lá dentro. Aquilo não foi espectáculo, quer se goste ou não, foi um amontoado de gente. Lamentável!
Na altura não reclamei, porque estava tão indisposta que só quis sair dali para nunca mais lá voltar. Devia tê-lo feito. Aproveito este seu blog, que de vez em quando gosto de visitar, para o fazer.
Mais uma vez, parabéns pelo seu excelente trabalho em prol desta terra tão esquecida.
Maria
Enviar um comentário